Como também é mais que preciso saber a hora de entrar e de sair
de cena.
É preciso saber respeitar a preguiça do outro de muitas
vezes não responder aquele seu SMS, aquele silêncio sem explicação alguma, acompanhando
dum pouco de afastamento. E daí se ele quer passar um dia inteiro sozinho? Melhor
que com outra companhia, você não acha?
Às vezes falta paciência pra ficar dizendo e banalizando
tanto o amor, com as exageradas declarações, tudo em seu tempo e dosagem certa.
Ouvir um “eu te amo” todos os dias e todas as horas estraga um pouco o encanto da
coisa e a transforma em apenas: apenas mais uma frase de amor. Dizer a frase “eu te amo”, precisa ser algo
inesperado, no meio de uma relação amorosa ou de um almoço, por exemplo, me
parece ser um momento propicio, belo e verdadeiro de se dizer e ouvir o grande
sentido entre duas pessoas. Diferente de dar um beijinho, dizer bom dia, e “eu
te amo”. E o inesperado, e o encanto fica onde? Saber o que vem depois é chato, perde a graça.
A não ser que você seja uma daquelas pessoas viciadas em rotina, é?
A gente precisa aprender a ser um pouco amante e ficar na
sua, aprender a esperar que ela ou ele nos procure quando sentir saudade, por
que quando isso acontece, acredite baby, o amor é verdadeiro e o sexo fica tão
mais gostoso.
Prender um pouco a desconfiança, libertar o amor próprio, reservar
também um tempo pra você mesmo e respeitar o espaço do outro é o que faz uma
relação não ir água abaixo. No dia em que finalmente eu e outros milhares de
pessoas nos darmos conta de que a pessoa que esta ao nosso lado não nos
pertence, e que está ali por vontade própria, saberemos então como cultivar uma
relação e não afugentar os nossos amados e amados, por não sabermos ser amigo,
e nem amante.